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segunda-feira, 10 de maio de 2010

Olá, mulheres.

Hoje li todos os comentários que foram postados nesses recém-criados dias do blog Esse tal de climatério. São palavras que me passam muita confiança, que me parabenizam pela ideia e iniciativa e, ao mesmo tempo já vão fazendo sugestões. O que é ótimo e vou tentando atender na medida do possível. Por exemplo, já incluí uma breve - brevíssima - discussão sobre sintomas. Mas descrevi apenas alguns dos sintomas que me acometeram desde 2007, os primeiros que percebi, como o fogacho, aquele calorão que me tomava (e ainda acontece!) de repente e a tristeza inexplicável. Mas foram apenas comentários que fiz. Hoje li uma matéria intitulada "Climatério: Uma transformação feminina" que quero repercutir aqui e ouvir a opinião de feministas que atuam na área e que possam opinar sobre isso. Estou falando de reposição hormonal, de alimentação alternativa, exercícios e dicas de como viver melhor a menopausa nossa de cada dia.
Nem céu, nem inferno. Quero que possamos em breve discutir se existem meios (quais) e formas de lidar com o climatério de uma forma que não nos faça sofrer, que nos oprima, que nos recrime e nos frustre tanto.
Isso não tem de ser assim, contrariando a canção de Chico Cesar.
Um abraço, queridas.

domingo, 9 de maio de 2010

Feliz Dias das Mães!

Hoje é Dia das Mães, no Brasil. Como estamos falando em climatério e menopausa, provavelmente muitas das mães que aqui conosco dialogam, são a essa altura, também avós. Assim como eu.

Bem, só um pouquinho ainda, em relação à canção de Chico Cesar, agora pensando o climatério e a menopausa. O que não ouso dizer o nome, o que doi quando some, que não sossega e que me desprega de mim.

Era maio do ano de 2007 quando voltei a morar em Recife, depois de quatro anos vivendo em Brasília. O clima das duas cidades são completamente diferentes. Como todo mundo sabe, Brasília é quente e seco. Recife é quente e úmido. E o que isso tem a ver com climatério e menopausa?

As tardes, em Recife me pareciam naquele momento um suplício. Era um calor que me tomava e me deixava completamente molhada, dos pés à cabeça. Era uma agonia. Uma aflição. Eu largava o computador, me jogava no chuveiro frio e só então voltava. Achava que estava "estranhando" o clima. Aí, de repente me dava um calafrio que eu pensava que estava doente. Palpitações. O coração acelerava do nada. Só podia ser uma virose. Além de tudo isso, uma tristeza que não sei de onde vinha e nem porquê!
Não ousava dizer o nome (para mim mesma), mas ali começava o meu climatério.

Procurei ajuda, fui conversar com a minha médica. Descobri então que o climatério é uma fase de transição entre o período reprodutivo e o não reprodutivo da vida de uma mulher e que pode se estender aos 65 anos. A menopausa é um marco desta fase, correspondendo ao último período menstrual e só reconhecida passados 12 meses da sua ocorrência. Naquele ano menstruei cinco vezes.

Isso que não sossega que me desprega de mim. Isso tem de ser assim...
Isso que carrego pelas ruas
Isso que me faz contar as luas
Isso que ofusca o sol
Isso que é você e sou sem fim.

A menopausa acontece quando os ovários cessam a produção de estrógenos e a capacidade reprodutiva diminui. Nesse processo, o organismo naturalmente adapta-se aos níveis variáveis dos hormônios e, por isso, acontecem os sintomas circulatórios como ondas de calor e palpitações, sintomas psicológicos, como depressão, ansiedade, irritabilidade e variações de humor e, também os sintomas de atrofia, como secura vaginal e urgência na urinação, o que pode ocorrer em graus variados.

Além desses sintomas, a mulher também pode apresentar ciclos menstruais cada vez mais espaçados, escassos e irregulares.

Segundo a minha médica, a menopausa é um estágio natural da vida, não é uma doença ou disfunção, e desta maneira não necessita automaticamente de nenhum tipo de tratamento. Muitas mulheres passam por ela sem maiores queixas e sem medicamentos. No entanto, quando os efeitos corporais são severos e prejudiciais, pode-se aliviá-los com tratamento medicamentoso.

O início mais frequente da menopausa se dá por volta dos 50 anos, mas algumas mulheres podem entrar na menopausa em idade inferior, especialmente se elas sofreram algum tipo de câncer ou alguma doença grave em que foi submetida à quimioterapia.

O fato de ter tido câncer na tireoide e de tê-la removido desde 1998 pode ter apressado em mim, os sintomas que descrevi acima, como a tristeza inexplicável, as palpitações e os calores, também conhecidos como "fogacho", que quer dizer, chama súbita, labareda. Ofusca o sol, como diria a canção...

A menopausa prematura (ou falência prematura dos ovários) é aquela que ocorre em idade inferior a 40 anos, e tem sua incidência em cerca de 1 por cento das mulheres. Outras causas de menopausa prematura incluem doença auto-imune, doenças na tireóide e diabetes.

Bem, por enquanto é isso. Um abraço.