sábado, 23 de outubro de 2010

Vai chegando o verão...

Embora o verão só comece oficialmente em dezembro, o sol já chegou com força em alguns estados. É tempo de praia, de cervejinha gelada, roupas mais confortáveis e leves.

Mas é preciso também alguns cuidados, pois a pele sofre bastante nesse período do ano e, especialmente, quando estamos no climatério. Pele ressecada, com chances de descamação nos pés, são alguns dos sintomas que aparecem ou se agravam com a chegada do sol.

Os hormônios sexuais, principalmente o estrogênio, exercem função muito importante na manutenção da qualidade da pele da mulher. Para quem faz reposição hormonal, parece que as alterações do ressecamento são quase sempre reversíveis.

Mas as alterações da pele são mais ou menos evidenciadas de acordo com fatores individuais, genéticos e também climáticos, como por exemplo a exposição da pele ao sol durante a vida.

Para nós - as que não fazem reposição hormonal - melhor investir numa boa e saudável alimentação, muito filtro solar e hidratante.
Depois voltamos a falar mais sobre esse tema.

quarta-feira, 20 de outubro de 2010

Outra vez calores!

A temperatura subiu. Não, não é somente porque acabou o período de chuvas em minha cidade, Recife. E nem porque o sol resolveu ocupar o seu lugar de rei.

A temperatura subiu porque estamos no período eleitoral, inédito e difícil. Pela primeira vez temos uma mulher candidata a Presidência do Brasil.
Uma candidata como nós. Uma mulher de meia-idade, sessentona.

Uma mulher que dedicou a sua vida inteira - como eu e muitas de nós - a mudar o mundo. A mudar, pelo menos o seu país. A transformar a vida das mulheres: chefes de família, negras, desempregadas, com filhos, com baixa escolaridade.

Eu voto Dilma. Tenho certeza que somente Dilma tem condições de seguir mudando o Brasil nessa perspectiva de gênero, classe e raça.

Conte comigo, Dilma! No dia 31 eu voto 13!
Dilma Presidenta do Brasil!

sábado, 16 de outubro de 2010

Um pouco de Clarice Lispector nesta noite de sábado

Gosto dos venenos mais lentos, das bebidas mais amargas, das drogas mais poderosas, das idéias mais insanas, dos pensamentos mais complexos, dos sentimentos mais fortes… tenho um apetite voraz e os delírios mais loucos.
Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
- E daí? Eu adoro voar!

Não me dêem fórmulas certas, porque eu não espero acertar sempre. Não me mostrem o que esperam de mim, por que vou seguir meu coração. Não me façam ser quem não sou. Não me convidem a ser igual, por que sinceramente sou diferente. Não sei amar pela metade. Não sei viver de mentira. Não sei voar de pés no chão. Sou sempre eu mesma, mas com certeza não serei a mesma pra sempre

Clarice Lispector

quarta-feira, 6 de outubro de 2010

Vai chegando o verão...

Ainda não é verão, mas as revistas femininas já mandam recados para nós mulheres, sobre como conquistar o corpo dos sonhos para o verão que se aproxima. O conteúdo das matérias inclui, receitas para um bumbum perfeito, dietas milagrosas para alcançar curvas 'invejáveis' em apenas 08 semanas, o abdomen de tanquinho, cabelos arrasadores.

O apelo é forte demais e nós mulheres, muitas vezes embarcamos nessa viagem tresloucada pelo corpo perfeito. Um corpo de modelo, de atrizes globais, de mulheres que não são mulheres como nós, simples mortais.

E aí, nessa tentativa de nos aproximarmos de um número muito menor do que o nosso, estipulado por um padrão de beleza que inclui juventude e magreza, nós mulheres com idade acima de cinquenta anos, sofremos ainda mais.

Devemos cuidar da saúde, de manter um corpo adequado, porque é melhor ter uma vida saudável. Porque queremos viver mais e melhor. Porque queremos uma melhor qualidade de vida. Estamos numa faixa etária de risco. Cuidar da saúde por nós mesmas e não para cumprir ou seguir um padrão de beleza.

Acima dos 45 anos é preciso se cuidar. É preciso se cuidar sempre. Mas nessa idade, é preciso ficar atenta aos fatores de risco para infarte, por exemplo, tais como hereditariedade, sedentarismo, obesidade, tabagismo, hipertensão, diabetes.

Por isso, vamos à luta.
E como dizia o poeta: viver e não ter a vergonha de ser feliz.

sábado, 2 de outubro de 2010

A Velhice

O climatério e a menopausa são caminhos que levam a velhice, por isso também vez por outra volta a nossa pauta.
O Brasil aos poucos entra na lista de países cuja população tem sido considerada longeva, ou seja, simplificando, vive mais, morre mais tarde.

Mesmo assim, ser velho ou velha ainda é muito difícil nesse país. A minha mãe dizia que envelhecer é a pior coisa do mundo. Ela tinha inúmeros 'causos' para contar sobre as suas vivências de discriminação na Terceira Idade.

Num mundo em que o descartável é valorizado - precisamos nos livrar do que é velho e comprar coisas novas, todo tempo - o que é velho não serve, precisa ser descartado, trocado. Portanto, o que fazer com os velhos?

Para Mário Quintana, a "velhice é quando um dia as moças começam a nos tratar com respeito e os rapazes sem respeito nenhum".

Li um artigo de Débora Diniz* sobre a velhice, onde ela comenta a frase de Quintana: "A resposta do poeta gaúcho não deve ser entendida apenas como uma ironia entre as gerações. Quintana era um homem de meia-idade quando escreveu esse verso, por isso seu senso aguçado para compreender a velhice também como uma experiência de gênero entre homens e mulheres. Envelhecer é aproximar-se do espaço socialmente ocupado pelas mulheres. É fragilizar-se, enfraquecer-se, reconhecer a dependência e experimentar o cuidado. Esses são papéis tradicionalmente identificados como femininos e, por uma sobreposição de gênero, considerados como atributos das mulheres. A velhice nos força a uma experiência feminina do mundo social."

*Débora Diniz é doutora em Antropologia e diretora da ONG Anis - Instituto de Bioética, Direitos Humanos e Gênero. O artigo aqui citado intitula-se A Velhice.