Olá a todas e todos!
Durante muito tempo ouvi das mulheres que a menstruação é um problema antes, durante e depois.
Antes, porque a TPM enlouquece as mulheres, provoca uma oscilação de humor que as deixa malucas, que as torna violentas, mal-humoradas e chorosas.
Durante, porque no período da menstruação, as mulheres dormem mal, sentindo cólica e com medo que o sangue suje lençol e colchão. Ir à praia é um problema, usar roupa branca é um problema. Sempre o velho medo do "vazamento".
Depois, porque, em seguida, vem a ovulação e o medo de engravidar.
Como feminista, passei a ver o ciclo menstrual de uma forma completamente diferente.
A menstruação adquiriu na minha vida um significado simbólico extremamente importante, da minha condição de mulher, de fêmea e de ser humano. Aprendi que tratar o mênstruo como sujeira ou doença, era uma forma de subjugar as mulheres e reprimr a sexualidade feminina. Mais do que uma simples quebra de tabus em relação à regra, à menstruação, o feminismo me fez ver e despertar a minha condição de sujeito político.
E assim tem sido.
Agora, eis que chega o climatério, que na própria origem (grega) da palavra já diz a que veio: crise ou mudança. Como muitos dizem é mais um período na vida das mulheres ou seja, nas nossas vidas.
Mas o fato é que 'esse mais um período em nossas vidas', é carregado de mudanças, temores, insegurança e tabus. Sem falar no preconceito que permeia toda a questão do climatério e da menopausa.
Por tudo isso, resolvi tornar pública a discussão. Sem medo de me expor, sem preconceito para dialogar com outras mulheres, para trocar experiências, mas principalmente para fazer desse momento mais uma oportunidade de dialogar com o feminismo. É o meu, o seu e o nosso climatério.