sábado, 31 de julho de 2010

Amor, paixão e ansiedade

Amor é quando a paixão não tem outro compromisso marcado;
Ansiedade é quando sempre faltam muitos minutos para o que quer que seja.
Mário Quintana

quarta-feira, 28 de julho de 2010

Monólogos da vagina - Eve Ensler

Foi com o feminismo que descobri os encantos que tem a genitália feminina, ao contrário do que nos ensinam.
Conheci a minha intimidade. Eu mesma. Com a experiência do auto-exame, onde em grupos de reflexão conversávamos sobre as nossas vaginas.
Sobre o prazer que elas nos proporcionam. Derrubando mitos e preconceitos.

Descobri que a minha vagina tem cheiro de mim. Que tem uma cor que nenhuma outra tem. Da mesma forma que os meus lábios. Inclusive os grandes lábios.

Desde cedo, nos mandam fechar as pernas, lavar muito bem "as partes de baixo" e evitar qualquer menção ao nosso órgão genital. Que sangra. Que é feio. Que tem mau cheiro. Que escorre líquidos e está sempre úmido.
Que guarda mistérios - para vê-la é preciso a ajuda de um espelho, de um espéculo, de uma boa iluminação.

Vamos combinar. É uma palavra completamente destituída de sexo, de tesão. Vagina. É asséptica. Talvez por isso, receba tantos apelidos. Xoxota, pipiu, piquito, buceta. São inúmeros.

E é essa vagina que um dia para de sangrar. Para de ficar úmida. Pois, como já vimos aqui essa é uma das consequências do climatério - a secura vaginal - e é assim que repercute no organismo das mulheres e no imaginário popular. Mulheres secas. Por dentro e por fora.

Vagina, grandes lábios, vulva e clitóris compõem a nossa genitália feminina. O mais curioso é que nós mulheres temos um órgão cuja única função é proporcionar prazer. O clitóris.

Os Monólogos da vagina, de Eve Ensler, é um texto magnífico. A publicação que em 1998 foi finalmente traduzida no Brasil, produz até hoje, as maiores gargalhadas e descobertas em peças de teatro que ficam por anos em cartaz em diversas cidades do país.

A propósito: secura vaginal tem solução. Converse com o seu médico ou a sua médica. Existem cremes maravilhosos que fazem verdadeiros milagres.

sexta-feira, 23 de julho de 2010

Escrever é como fazer amor. Não te preocupas com o orgasmo, preocupa-te com o processo.

Essa frase é da escritora peruana naturalizada chilena, Isabel Allende.

É uma frase que traz muitas reflexões.
Fazer amor é diferente de transar.
É aproveitar cada momento do ato.
O prelúdio e todas as delícias que podem acontecer nessa hora.
O envolvimento dos corpos e dos prazeres que a intimidade proporciona.
A delicadeza com a outra pessoa e com nós mesmas.
O tempo que se dá ao tempo.
Tudo. E cada detalhe.
Mas isso só se aprende com a maturidade.
É uma entre outras boas coisas da experiência.

quinta-feira, 15 de julho de 2010

Tango para 2 mujeres

A Argentina tornou-se, hoje, o primeiro país da América Latina a legalizar o casamento homossexual e décimo no mundo, após a Holanda, Bélgica, Espanha, Canadá, África do Sul, Noruega, Suécia, Islândia e Portugal.

Nos Estados Unidos, apenas em alguns estados, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é reconhecido como válido perante a lei.

Que com essa nova lei a Argentina contribua também para que outros países da América Latina façam o mesmo. Legalizar a união entre pessoas do mesmo sexo.


Saludos!


terça-feira, 13 de julho de 2010

O desejo de Prazer

Tinha oitenta e um anos de idade. Chamava-se Dona Cândida Raposo.
[...] Pois foi com Dona Cândida Raposo que o desejo de prazer não passava.
Teve enfim, a grande coragem de ir a um ginecologista. E perguntou-lhe envergonhada, de cabeça baixa:
- Quando é que passa?`
- Passa o quê, minha senhora?
- A coisa.
- Que coisa?
- A coisa, repetiu. O desejo de prazer, disse enfim.
- Minha senhora, lamento lhe dizer que não passa nunca.
- [...] E... e se eu me arranjasse sozinha? O senhor entende o que quero dizer?
- É, disse o médico. Pode ser um remédio.
[...] Nessa mesma noite deu um jeito e solitária satisfez-se.
Mudos fogos de artifícios. Depois chorou. Tinha vergonha.
daí em diante usaria o mesmo processo. Sempre triste.
É a vida senhora Raposo, é a vida. Até a bênção da morte.
A morte. Pareceu-lhe ouvir ruído de passos. Os passos de seu marido, Antenor Raposo.
(Clarice Lispector, A Via Crucis do Corpo)

Esse texto foi recortado do livro Estudos Feministas, Florianópolis. (Janeiro-Abril de 2004).

Lembrei da minha avó que ficou viúva muito nova, por volta dos trintas anos e nunca mais casou. Minha mãe sempre comentava que aos setenta anos, a minha avó ainda sentia 'desejos'.

O desejo de prazer não depende do outro, da outra pessoa. Ele está em nós. E não acaba nunca. Que bom!

sexta-feira, 9 de julho de 2010

Respeitem meus cabelos, brancos

Respeitem meus cabelos, brancos
Chegou a hora de falar
Vamos ser francos
Pois quando o preto fala
o branco cala ou deixa a sala
Com veludo nos tamancos

Cabelo veio da áfrica
Junto com meus santos

Benguelas, zulus, gêges
Rebolos, bundos, bantos
Batuques, toques, mandingas
Danças, tranças, cantos
Respeitem meus cabelos, brancos

Se eu quero pixaim, deixa
Se eu quero enrolar, deixa
Se eu quero colorir, deixa
Se eu quero assanhar, deixa
Deixa, deixa a madeixa balançar

Viva a liberdade de expressão!
Inclusive a liberdade de poder deixar os cabelos brancos.
É o meu caso e estou adorando!
Respeitem meus cabelos brancos!


segunda-feira, 5 de julho de 2010

Frida Kahlo Vive!

Frida Kahlo nasceu no dia 06 de julho de 1907. Morreu em julho de 1954.
"Recuerda que cada tic-tac és un segundo de la vida que pasa!"
Frida VIVE!