terça-feira, 27 de novembro de 2012

"Envelhecer muda a gente por dentro".

Liv Ullmann - Cannes 2001


Liv Ullmann está vindo para o Brasil no início de dezembro. Quem gosta de cinema sabe que ela participou de vários filmes de Ingmar Bergman, além de ter sido casada com ele durante cinco anos e de terem  uma filha, Linn. 
Alguns dos filmes estrelados por Liv Ullmann  eu só fui assistir na década de oitenta, no auge dos meus tempos de faculdade. Sair do cinema e ir prum bar com os amigos e amigas 'cabeçoides' (psuedo-intelectuais) era um dos meus programas preferidos. Filmes como Cenas de um casamento (1973) e  Gritos e Sussurros (1973) ficaram na minha memória e, se fechar agora os olhos quase posso rever algumas cenas. Bons e divertidos tempos. 

Liv Ullman & Bergman (1968)

Agora a nossa musa está chegando ao Brasil para a estreia do documentário "Liv & Ingmar" Uma história de amor, de Dheeraj Akolkar, que mostra as tormentas e calmarias na relação de 42 anos entre o cineasta e a atriz, com que ele fez seu último trabalho. Lendo AQUI e ALI entendi que o documentário descreve o encontro entre Liv Ullmann (uma jovem com apenas 25 anos e  uma atriz no começo da carreira) e Ingmar Bergman um homem de 46 anos e já considerado um dos maiores cineastas vivos de seu tempo. Ele a convidou para trabalhar num filme chamado Persona e a partir daí eles nunca mais se separaram. Bergman dirigiu Liv em doze filmes e eles formaram uma parceria muito rica para a história do cinema. Apesar de terem vivido como casal por apenas cinco anos, eles continuaram trabalhando juntos e vivendo uma longa relação de 42 anos, passando a vida "dolorosamente conectados" como disse Bergman.
Para o lançamento do documentário Liv Ullman deu uma entrevista para O Globo A Mais que você pode ler na íntegra AQUI e falou sobre amor, cinema e velhice. Hoje aos 73 anos, continua uma mulher bonita, que não fez retoques e que não usa botox. 
A entrevista tem momentos de desconcertante sinceridade sobre o envelhecer e sobre os desgastes do tempo provocados no corpo: "Minha face não tem retoques. Sou o que sou". 
Em um outro trecho falando sobre o documentário "Liv & Bergman" ela conta que ali estão recordações de um tempo em que viveram juntos, os momentos em que mesmo separados andavam de mãos dadas: "Lembro da mão dele na minha porque a gente nunca deixou de se amar, mesmo ficando apenas amigos. Ele era um homem de quem o mundo lembra de alguém que encarava conflitos da alma. Para mim, ele era esse mesmo homem, só que capaz de me proporcionar momentos felizes". Lindo, não é?

Leia também:

terça-feira, 20 de novembro de 2012

"Estou muito velho e a única coisa que me importa é ser feliz”

Vovô posa cheio de estilo para catálogo de loja (Foto: Divulgação)
Idoso veste diferentes combinações de roupas (Foto: Divulgação)


Acabo de ver essa notícia e não ia deixar escapar, claro! Lembrei de Laerte que há algum tempo se veste com o que se convencionou chamar de "roupas de mulher", quando diz que desde 2004 já sentia esse desejo: "Vontade de frequentar a área cultural do outro gênero, o reservado das mulheres."




Pará Diversidade


A entrevista sobre o senhor Liu Xianping me fez lembrar de Laerte, porque trata-se de uma pessoa "enquadrada" socialmente como homem que decidiu usar as roupas que são consideradas de mulheres.
Lembrei também da querida Luisa Stern militante do movimento pelos direitos das pessoas Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transgêneros, fundadora da comunidade e do site Cultura Cross Dresser, que aborda assuntos referentes às pessoas Trans. Se você quiser saber mais sobre isso, visite esse site.

Voltando para o chinês Liu Xianping, segundo a matéria de Thiago Barros, este senhor de 72 anos virou febre na internet depois que suas fotos no catálogo da empresa passaram a ser compartilhadas cada vez mais nas redes sociais da China, especialmente no site Sina Weibo, "que é o equivalente ao TWITTER no país. Agora, Liu Xianping está também conhecido no mundo todo.

Segundo a reportagem, a loja foi fundada por cinco jovens recém-formados na China e uma das jovens é exatamente a neta do Liu Xianping, que resolveu vestir as peças da coleção e checar as combinações. Deu certo. O velhinho chinês é fashion e virou a sensação da internet. A matéria diz ainda, que as vendas da loja aumentaram depois que o catálogo com as fotos do garoto-propaganda caíram no gosto da população chinesa. E olha só, o que nos diz Xianping:
"Por que seria inaceitável para alguém como eu vestir roupas de mulheres? Fazer isso está ajudando a minha neta e eu não tenho nada a perder. Estávamos muito felizes no dia das fotografias. Estou muito velho e a única coisa que me importa é ser feliz".
Que bom, Xianping! Que lição maravilhosa você nos dá! De qualquer forma, o ideal é que as pessoas não precisem esperar tanto para chegar a essa conclusão: o que importa é ser feliz! E ser feliz desde agora, desde sempre.

Leia mais:
Entrevista com Laerte e Angeli
Cultura Crossdresser


segunda-feira, 5 de novembro de 2012

E a vida? É bonita, é bonita e é bonita!


Hoje vamos de poesia, porque a vida é bonita, é bonita e é bonita, como já dizia o poeta Gonzaguinha.
Imagem: Google









Vivendo e Aprendendo a jogar
Vivendo e aprendendo a jogar
Vivendo e aprendendo a jogar
Nem sempre ganhando, nem sempre perdendo
Mas aprendendo a jogar
Água mole em pedra dura
Mais vale que dois voando
Se eu nascesse assim pra lua
Não estaria trabalhando
Mas em casa de ferreiro
Quem com ferro se fere é bobo
Cria fama, deita na cama
Quero ver o berreiro na hora do lobo
Quem tem amigo cachorro
Quer sarna pra se coçar
Boca fechada não entra besouro
Macaco que muito pula, quer dançar